Por Luis Fernando.
Na última eleição para o CAJW (Centro Acadêmico John Wesley) tivemos uma importante vitória: a vitória da democracia, pois certamente foi ela, em primeiro lugar, que saiu vitoriosa.
As chapas tiveram a oportunidade de expor suas propostas em todas as turmas, dialogar com os eleitores durante os intervalos e, principalmente, participar do processo democrático para a construção de um Centro Acadêmico (C.A.) mais participativo através da militância política. Isso é um fato relevante frente à realidade política brasileira, que vem a corroborar uma afirmação feita certa vez pelo jornalista Franklin Martins de que a consciência eleitoral no Brasil está mudando, pois a cada vez o eleitor torna-se mais exigente na escolha de seus representantes.
Pode-se atribuir isso ao fato da população estar cansada de ver o exercício político de forma errada, como por exemplo, o acúmulo pessoal de poder, despotismo e falta de ética - o que é desprezível. Em outras palavras isso significa dizer que uma política que não é participativa tende a ser privilégio de uma casta, de um grupo ou mesmo de uma classe. A participação democrática deve abarcar as demandas de todos os representados. Fora disso, ainda que com o título de democracia o que há são estruturas idolátricas de poder.
“Os reis das nações as dominam e os que as tiranizam são chamados Benfeitores. Quanto a voz, não deverá ser assim; o maior dentre vós torne-se como o mais jovem, e o que governa como aquele que serve”. (Lucas 22, 25-26).
Um Centro Acadêmico João Wesley que pretende fazer uma gestão democrática e participativa deve estar desprendido de “ensimesmamentos” e da ambição pelo poder; trabalhar sempre descentralizado de si; focado nas necessidades alheias e sempre pautado na humildade, no compromisso com a ética e com a verdade, respeitando e ouvindo todos/as acadêmicos/as de nossa faculdade, valorizando sua participação. Isso se faz na convicção de que um C.A. democrático (ainda que numa instituição confessional), não se faz pelo exercício do poder e muito menos como uma extensão institucional, mas sim no caminho participativo, sempre focado no bem comum.
Luis Fernando é metodista.
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